27 de agosto de 2012

Africanidades Sul-rio-grandenses

 
Desde 2003, através da lei federal 10.639, tornou-se obrigatório incluir no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. Para contribuir com o cumprimento da lei, a Coleção África Está Em Nós (História e Cultura Afro-Brasileira) regionalizou o tema para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
 
No Estado, a obra foi coordenada pela doutora em História e coordenadora técnica da Maria Mulher, Organização de Mulheres Negras, Lúcia Regina Brito Pereira. O livro Africanidades Sul-Riograndenses traz textos, imagens e fotografias que revelam um Rio Grande do Sul de memórias da população afrodescendente. As páginas reproduzem informações que ensinam sobre a maneira de ser e viver, ajudam a compreender a invisibilidade dos negros nos manuais escolares, nas salas de aula, na fala dos professores e oferecem o suporte necessário para educar sobre as relações etnicorraciais.
 
Mesmo com a lei, que completou oito anos em 2012, a história da cultura Afro-brasileira e Africana não vem sendo aplicada na sua totalidade, e muitas vezes nem é abordada nos currículos escolares. Poucos professores trabalham a temática em sala de aula. Segundo a coordenadora do livro, uma das justificativas dos professores é que não existe material para ser utilizado na abordagem do tema ou que não sabem como direcionar os estudos para essa parte da história.
“Nós queremos que a lei seja implementada nas escolas. Existe a queixa dos professores que não têm material ou que não sabem como abordar esse assunto. E aí, como nos foi feita essa proposta [de construir um livro], a gente fez! Um livro didático e direcionado, que fala especificamente do Rio Grande do Sul, porque tem esse problema de as pessoas não saberem onde encontrar, existem muitas obras que falam da temática, mas não especificamente do Estado. É uma obra inédita”, comenta Lúcia.
Do início da construção do livro até o seu lançamento, passaram-se dois anos. A obra tem duas versões: o exemplar do aluno e o do professor, com sugestões de como trabalhar o tema com os estudantes. De fácil compreensão e com imagens e fotos ilustrativas, é do mesmo tamanho e espessura que os livros aos quais os alunos já estão acostumados. É direcionado aos estudantes das séries finais, da Educação de Jovens e Adultos e a todos aqueles que quiserem ter em casa um livro que conte a história da participação do negro na construção da sociedade gaúcha.
“É a participação do negro no trabalho no campo, na cidade, no esporte, na política, na música. A gente optou por mostrar uma fase positiva do negro na sociedade gaúcha, parar com o estigma de que a história do negro começou com a escravidão. Em que pese no inicio do livro a gente relatar isso, não é o nosso objetivo relacionar o negro à escravidão, mas, dada a conjuntura, a gente começa a mostrar a história do negro a partir da ocupação do Rio Grande do Sul [...]”, ressalta.
São autores do livro também o mestre e doutorando em história Arilson dos Santos Gomes, a mestre em Pedagogia Marilene Leal Paré e o advogado e pesquisador Osvaldo Ferreira dos Reis, entre outras pessoas que colaboraram cedendo textos e fotografias.
Para o advogado e pesquisador Osvaldo Ferreira dos Reis, apesar de o livro ser direcionado às escolas, qualquer pessoa que se interesse pela história do negro poderá adquiri-lo, pois é de fácil consulta.
“Está dividido em fatos, eventos, personalidades, datas comemorativas da história do afrodescendente no Rio Grande do Sul, desde os primeiros tempos do negro no estado até os dias de hoje. A linguagem do livro que está destinada aos bancos escolares, servirá para qualquer pessoa interessada, qualquer família que gostaria de ter uma coletânea dos fatos históricos do negro no Estado na sua biblioteca em casa poderá adquirir o livro”, esclarece Reis.
O quê: Coleção África Está Em Nós – História e Cultura Afro-Brasileira
Quando: 6 de setembro de 2012 (Quinta-Feira), às 19h
Onde: Plenarinho da Assembléia Legislativa do RS - Praça Marechal Deodoro, nº 101, 3º andar – Porto Alegre
Quanto: Entrada Franca
Informações: educadora@terra.com.br

17 de agosto de 2012

24 de março de 2012

Ministra Luiza Barrios em Maria Mulher



Na tarde de sábado, Maria Mulher recebeu a visita
da Ministra Luiza Bairros da SEPIR

8 de março de 2012

HOJE É DIA DE MARIAS



MARIA MULHER Organização de Mulheres Negras completa 25 anos. Seu nome presta uma homenagem às mulheres negras brasileiras por excelência. Maria é sinônimo de mulher negra que trabalha, luta, sonha, mas permanece, ainda, invisibilizada na sociedade que ajuda a construir. Maria Mulher é a organização feminista negra mais antiga do país.  Sua história começa em 1987. Cerca de trinta mulheres negras, algumas delas faziam parte do movimento social negro, outras do movimento feminista, perceberam que faltava, naquele momento, a abordagem pelos dois setores das temáticas específicas das mulheres negras brasileiras, rebelam-se e criam Maria Mulher.

Maria Mulher surge com a missão de realizar a defesa dos direitos humanos das populações marginalizadas e excluídas, principalmente a população afrodescendente, e fazer o enfrentamento às discriminações sexista, étnico-racial e social. Maria Mulher contribuiu para retirar a expressão “boa aparência” dos anúncios de emprego. O quesito dificultava que mulheres negras ocupassem determinados postos de trabalho. Ter “boa aparência” significava não ser uma pessoa negra. Em 2010, em parceria com o Ministério Público do Trabalho do estado fez campanha pela igualdade da mulher negra no mercado de trabalho. Apoia a inclusão do quesito raça/cor em formulários, para avaliar o acesso da população negra aos serviços públicos. Defende a elaboração, implementação e monitoramento de políticas de reparação para setores excluídos e sub-representados na sociedade brasileira.

Maria Mulher participou da formação da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras em 2000 e fez parte da sua primeira coordenação. A AMNB atuou de forma incisiva, como representação da sociedade civil, na construção da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância,  realizada em 2001, em Durban, na África do Sul. Maria Mulher destaca como ponto importante da III Conferência, o reconhecimento de que a escravidão foi um crime de lesa humanidade. As políticas afirmativas adotadas em diferentes setores da sociedade brasileira visam reparar danos causados pela escravidão.

       MARIA MULHER Organização de Mulheres Negras, em 8 de março, dia de Marias, ao comemorar 25 anos, saúda as Marias, pela construção do feminismo negro e agradece a todas  pessoas e organizações  que têm sido parceiras nessa caminhada. (Maria Conceição)


1 de março de 2012

19 de dezembro de 2011

Diálogos sobre "Mulheres Negras enfrentando a violência"


DIALOGOS SOBRE MULHERES NEGRAS ENFRENTANDO A VIOLENCIA



SUGESTÃO DE PROGRAMAÇÃO





15h – MESA de ABERTURA

 Secretaria estadual de Secretaria de Politicas para Mulheres

 Maria Mulher – Organização de Mulheres Negras.

 Universidade Federal do Rio Grande do Sul / DEE/FACED

 Articulação de Organizações de Mulheres Negras – AMNB

Rede Feminista de Saúde Regional RS



15h30min – Diálogos I

 “Mulheres Negras e justiça”

Maria José Diniz - Superintendente das Delegacias de Atendimento a Mulheres do RS

Nadine Tagliari Farias Anflor - Delegada de Polícia

Cecilia Oliveira - Assistente Social - Centro de referencia Vania Araújo Machado- Debatedora



16h 15min  Diálogos II

 “Politicas Publicas para o enfrentamento  da violência contra mulheres negras”

Tania Regina Neves de Paula - Politicas Publicas para o Povo Negro, Prefeitura de POA.

Angela Cristina Kravzyk - Coordenação de Politicas Públicas para Mulheres, Prefeitura de POA.

Marilia F. Fischer Menezes - Coordenadora do Centro de Referencia da Mulher Vânia Araújo Machado

 Profa. Dra. Georgina Helena Lima Nunes - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas – Debatedora.



17h15min – Espaço para questionamentos



17h40min – MOMENTO CULTURAL



17h45 – DIÁLOGOS II

“ DINÂMICAS ENTRE MULHERES “

Profa. Dra. Aline Lemos da Cunha (DEE/FACED/UFRGS) - profa. Dra. Edla Eggert - PPGEdu/UNISINOS  – Apresentação do Projeto “Justiça com as próprias mãos”

Maria Noelci Teixeira Homero – Maria Mulher – Organização de Mulheres Negras – Empoderamento das mulheres para o enfrentamento a violência.

Campanha Ponto Final na  violência contra  mulheres e meninas.



18h30min - Espaço para questionamentos



18h45min – Espaço para Convivência

MULHERES NEGRAS PARTILHANDO SABORES E SABERES





19h00min – DIÁLOGOS III

“Trocando experiências”



GRUPO 1 – Mulheres Negras e Economia Solidária -  Coordenação: Simone Schaffer - Artesã



GRUPO 2 – Mulheres Negras e Direitos Humanos - Coordenação: Cláudia Prates – CNDM



GRUPO 3 – Mulheres Negras e Segurança Alimentar - Coordenação: Regina Miranda - Conselho Estadual de Segurança Alimentar



GRUPO 4 – Mulheres Negras e Educação - Coordenação: Aline Lemos da Cunha (DEE/FACED/UFRGS) – Maria Conceição Lopes Fontoura – Mestra em educação – Maria Mulher – Organização de Mulheres Negras

                                                         Convidadas: Larisa Bandeira, Acadêmica do Curso de Pedagogia (UFRGS)

                                                                                Clara Bernadete Boff, Especializanda em EJA (UFRGS)



20h00min – DIÁLOGOS IV

Lançamento do Vídeo Clip – Mulheres negras no enfrentamento a violência doméstica.

Profa. Dra. Lúcia Regina Brito Pereira – Coordenadora Técnica de Maria Mulher – Organização de Mulheres Negras.

20h15min - ENCAMINHAMENTOS

20h30 - ENCERRAMENTO



12 de dezembro de 2011

CONVITE IMPERDÍVEL: KIZOMBA NA CRUZEIRO

Comidas típicas, atividades culturais, feira de artesanato.
Dia 16 de dezembro, sexta feira a partir das 14h
Em Maria Mulher da Cruzeiro
Ingresso: R$10,00